23 novembro 2010

Quero, desde já, avisar: O texto de hoje é muito grande! Mesmo assim, peço que leia com atenção e cuidado.

Em uma pequenina cidade morava um homem chamado Pedro que era muito querido de todos. Por ser um lugar pequeno, muitos se conheciam de longa data.
Pedro estava acostumado com o convívio harmonioso e simpático daquele vilarejo. Pedro conhecia Patricia já há muito tempo. Os dois se encontravam com frequencia nos eventos da cidade e tinham uma boa amizade. O tempo cumpriu a sua tarefa na vida dos dois. Foram tantos encontros até que eles se apaixonaram.
Era um casal apreciado pelas pessoas que os conheciam e os elogios eram ouvidos pelo casal. Os amigos encorajavam a união dos dois.

Nesta pequenina cidade morava um jovem chamado Fred. Ele tinha crescido por aquelas bandas e gostava muito de atividades físicas e observar as coisas. Gostava das coisas do seu jeito e, por conta de um ar de rebeldia, raramente ouvia conselhos dos mais velhos.

Como Fred era um jovem que gostava de observar tudo o que acontecia a sua volta, ele observava muito o casal Pedro e Patricia enquanto estes passeavam pela cidade. Sua atenção, porém, se prendia mais em Patricia do que em Pedro.

Após muito tempo, Fred continuava a observar Patricia mas, por ser muito observador, ninguém desconfiava que o mesmo cobiçava a moça. Até Pedro, que convivera muitos anos com o rapaz, deixava passar despercebido a atenção que o jovem dava a observar Patricia.

Fred deixou se levar por seus olhos e a sua cobiça por Patricia aumentou a tal ponto que este começou a maquinar uma forma de separar o casal para ter Patricia para si.
Começou a tratar a Patricia por apelidos. Apelidos leves e que aumentavam a intensidade de intimidade com o passar do tempo. Além disso, passou a dar alguns presentes para Patricia, “como um amigo que quer o bem” – dizia ele.

Patricia e Pedro, com o passar do tempo, começaram a se desentender. Pedro não entendia o motivo daquilo mas se esforçava para não enfraquecer o relacionamento. Fred, porém, estava determinado a levar a cabo o seu plano de separar o casal.

Vários dias se passam e Patricia chama Pedro para uma conversa. Ela começa a lhe dizer o quanto acha que o relacionamento dos dois não é o mesmo, como ela acha que Pedro não a trata como devia e que acha que é melhor a separação. Pedro entra em choque! “O que eu deixei de fazer ou fiz para chegar a isso?” indaga consigo mesmo buscando uma resposta para aquilo. Patricia pede a separação e Pedro cai em prantos. Ele pede perdão por algum erro que tenha cometido e tenta uma reconciliação mas Patricia é irredutível. Ela não volta atrás em sua decisão. Triste, Pedro sai caminhando sem rumo quando Fred sai de um lugar escondido, encontra com Patricia e sai junto com ela. Pedro olha pra trás em busca de uma resposta para tudo o que estava acontecendo e querendo saber se Patricia via a sua partida e, então, percebe que Fred estava abraçado com ela caminhando e os dois sorriam juntos. Um misto de ira e confusão invade a sua mente. Começa a olhar para o passado e lembrar dos apelidos com que Fred chamava Patricia e como Patricia reclamou que ele não tinha um apelido especial para ela. Lembrou também dos presentes que Fred deu a Patricia e como Patricia tinha começado a reclamar que ele não a presenteava com frequencia. Percebeu que Fred tinha maquinado tudo aquilo debaixo de seus olhos e ele sequer percebera!

Com olhos marejados, sem conseguir enxergar bem o seu caminho, Pedro anda depressa para sua casa. Irado, frustrado, confuso, ele senta em sua cadeira, apoia os cotovelos na mesa e coloca as mãos na cabeça. “O que aconteceu?” ele repete. Em meio a tanta confusão, Pedro não consegue pensar em outra coisa senão na cena que vira. Fred saindo com sua amada tinha sido uma apunhalada muito forte em seu peito! Pedro dá um murro na mesa e levanta depressa. Ele já não consegue pensar direito e caminha em direção a um armário no quarto. Abre uma gaveta e, bem do fundo, retira aquele objeto. Começa a contar.
- Um, dois, três, quatro, cinco, seis. Estão todos aqui.
Pedro esconde o objeto e sai de casa. O ódio lhe toma conta da mente e ele tem apenas um destino: Encontrar Fred.

Pedro anda depressa. Ainda tem lágrimas nos olhos mas como um predador atrás da presa, olha para todas as direções em busca de seu alvo.

Finalmente Pedro encontra Fred e Patricia juntos sentados em uma praça da cidade. Caminha até eles e para na frente dos dois. Patricia olha assustada.
- O que você quer, Pedro?
Pergunta ela num tom irônico.

Pedro sequer responde. Olha por alguns instantes para os dois e como Fred lhe observa com uma expressão de vitorioso. Pedro não pensa se tem alguém olhando. Rapidamente ele saca o revólver que retirou de sua gaveta, aponta para Fred e dispara todos os cartuchos que haviam naquele tambor.

O jovem Fred cai, semi-morto, agonizante e ensanguentado. Pedro cai em si. Entra em desespero e sai correndo.

Patricia grita em desespero por socorro e alguns dos habitantes da cidade correm para auxiliar o jovem Fred que estava com dificuldades para respirar tamanha dor sentia.

Pedro corre com todas as suas forças para a floresta. Corre sem rumo e só acaba parando devido a exaustão. Cai sentado escorregando por um tronco de árvore, olha pra cima em prantos balançando a cabeça em tom negativo. Pedro grita:
- Por que?
Um longo grito até lhe faltar o fôlego. Pedro se levanta mas suas pernas não obedecem. Ele cai de joelhos e apoia o tronco nos braços. Lágrimas caem pelo chão molhando as folhas secas e caídas das árvores.

Pedro não consegue falar uma palavra sequer. Apenas consegue perguntar o por que de ter feito aquilo. Em meio ao desespero ele começa a orar.
“Perdão, Senhor! Perdão! Me perdoa, Pai! Me perdoa! Estou desesperado, Senhor e preciso de auxilio! Eu pequei, Pai! Me perdoa, por favor!”

Pedro começa a ouvir alguns sons e vozes e logo uma equipe de busca o encontra caído ao chão. Aqueles homens o pegam com brutalidade, alguns batem nele e o carregam sem se preocupar se ele se machucava em espinhos, e o levam em direção a cidade.

Chegando lá, o delegado o recebe com voz de prisão. Em pranto, Pedro pede desculpas por tudo. Olha para Patricia e pede perdão também. Vê a poça de sangue que se formou no chão por conta dos ferimentos de Fred mas não vê Fred. Pedro é levado para a prisão onde fica por longos anos.

Passados vários anos, por boa conduta, Pedro tem permissão para sair da prisão. A realidade que ele encontra é outra. Os olhos que o observavam eram como letreiros com a frase “Você é um criminoso”.

Pedro tem dificuldade de conviver com aqueles que sempre o trataram bem. Ele procura Patricia que o recebe mal. Ele pede perdão mas não é ouvido. Patricia lhe diz que por muito pouco Fred não morreu. Pedro se alegra em saber que Fred estava vivo e procura o encontrar.
Ele vai em direção da casa de Fred e, ao bater à porta, é recepcionado por Fred que, com o susto, cai para trás e começa a gritar socorro.
Pedro tenta acalmar o jovem dizendo que está ali para pedir desculpas. Fred não o ouve e bate a porta. Pedro tenta um outro contato mas em vão.
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O texto acima é apenas uma estória com personagens fictícios mas a escrevi para ajudar a entender o título da postagem.
Por que dei o título de "Memória melhor que a de Deus"? Lembre-se da história. Pedro errou e colheu a consequência do seu erro. Ficou preso por longos anos. Um detalhe é que Pedro se arrependeu do erro que cometeu e pediu perdão não só a Deus mas aos principais envolvidos.
O ser humano tem uma tendência terrível: Lembrar-se dos erros passados de alguém. Você já ouviu alguém comentar "Fulano não é confiável por que fez isso no passado" a respeito de alguém que se arrependeu e pediu perdão pelo tal erro citado?
Esse é o falso perdão concedido pelo ser humano. O ser humano diz que perdoa mas na primeira oportunidade faz questão de lembrar de um erro do qual alguém já se arrependeu. Como podemos dizer que servimos a Deus e fazemos a vontade de Deus se não colocamos em prática o perdão que Deus nos pede que façamos?

A oração ensinada por Jesus e que fazemos diz, em certa parte, "perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos os nossos devedores". Em outras traduções temos "perdoa as nossas ofensas assim como nós perdoamos os que nos tem ofendido". Como podemos fazer esse tipo de oração se não somos capazes de perdoar como Deus nos perdoa? Você conhece o perdão de Deus? Leia abaixo:

Isaías 44:22 ​Desfaço as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque eu te remi.

Miquéias 7:19 ​Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.

Jeremias 31:34 ​Não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao SENHOR, porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o SENHOR. Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei.
Você conhece essa realidade? Alguém jamais se lembrar de um erro seu? É assim que Deus trata todos aqueles que, com sinceridade, pedem perdão de algum erro. É um contraste muito grande, não acha? Enquanto Deus promete fazer das trasgressões como a névoa e dos pecados como a nuvem, lançar os pecados no fundo do mar e também jamais se lembrar dos erros; o ser humano prefere fazer menção de vários erros do passado para desvalorizar alguém. Isto está errado!

Se queremos servir a Deus, não podemos agir sem escrúpulos com alguém. O pecador que se arrependeu não precisa de dedos apontados para ele mas de braços abertos lhe mostrando o Salvador que, em semelhante estado, esteve fixado no madeiro por amor a ele.

Gostaria de lhe falar: Se você errou, se pecou, não tenha medo de Deus. Ele não é carrasco! Ele não quer mal de ninguém! Quer o bem apenas e, como alguém que ama verdadeiramente, Ele dá liberdade para que possamos escolher.

Faço um apelo: Escolha a vida! Não deixe pra depois a sua decisão com medo de como alguns irão lhe tratar. Olhe para Cristo que te olha como candidato para a salvação e, após fazer firme aliança com Deus através do batismo, que é um ato público de reconhecimento de Cristo como seu Salvador e Senhor, Ele te olhará como um amigo!

Tenha uma certeza em sua vida a respeito de Deus! Leia este texto abaixo e veja como Deus te ama!
Ezequiel 33:11 ​Dize-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?

João 3:16 ​Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17 ​Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18 ​Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

Apocalipse 21:1 ​Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 ​Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo.
3 ​Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
4 ​E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.

Deixe que Deus mude a sua vida se há algum erro. Confesse a Ele o seu erro e peça perdão! Confie na promessa e prepare-se para o encontro com o Senhor!

Que Deus te abençoe.