Biblicamente falando, os conselhos dados são de que um ame o outro procurando fazer o par feliz e não a felicidade própria. Em certa parte, foi escrito que a esposa deve ser submissa ao marido(cf. Ef 5:22; Cl 3:18; Tt 2:5; 1Pe 3:1). Não é submissão de modo “escravo” ou coisa do tipo. É uma mulher que ame o marido, que o respeite de tal forma que concorda com o que ele pensa e que, quando ela discorda, fale sobre o que discorda com respeito tal que não ofenda. E quanto ao marido, que ele deve amar a esposa como Cristo amou a igreja(cf. Ef 5:25; 1Co 7:3; Cl 3:19). Sabe como Cristo amou a igreja? Dando a vida por ela.
O que acontece hoje em dia é uma busca desenfreada por uma falsa felicidade que se baseia somente no benefício próprio. E aí temos o primeiro erro. Todo relacionamento onde as partes buscam o bem-estar pessoal começa errado. Um relacionamento deve começar por que há o amor e não porque se espera o amor. Cristo não esperou o amor da igreja para se entregar por ela. Antes, Ele a amou. Seu desejo era ver a igreja bem. Assim também é no relacionamento. Se você busca a felicidade do cônjuge, e o seu cônjuge a sua, ambos estarão bem. Se o bem-estar da outra pessoa é o que te faz feliz, isso é amor. Se o seu bem-estar é o que te importa no relacionamento, isso é egoísmo.
A primeira realidade sobre o relacionamento com pessoas de outro sexo que envolve intimidade é a de que sexo é só depois do casamento¹. E o texto bíblico que nos passa essa informação é Gênesis 2:24 onde podemos ler o seguinte: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”
Vamos a uma análise do texto:
- “deixará o varão o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher”: No que se consiste essa afirmativa? Para o tempo em que foi escrito, que principio estava sob a afirmativa de deixar “pai e mãe” para se unir a uma outra mulher? A resposta é simples: Casamento.
- “e serão ambos uma carne.”: Perceba que essa afirmativa vem depois da parte em que diz que o homem deve deixar pai e mãe. Em outras palavras, o “ser uma só carne” vem depois do casamento.
Sobre isso, são poucos os jovens que concordam. A sociedade atual ensina que sexo não é depois do casamento. Sexo só precisa ser seguro. Independente de quando. Nisso encontra-se um sério problema. O sexo não é algo banal que se faz com qualquer um, a qualquer hora, em qualquer lugar, por que deu vontade. Sexo é muito mais do que isso! Um casal que se ama e que, após o matrimônio, vão para a cama, não vai por diversão ou por safadeza¹. Eles vão por que se amam. Um ato bonito e instituído por Deus, agora, infelizmente, banalizado.
Outra coisa banalizada é a tal frase “Eu te amo”. Alguns fazem do seu uso correto. Outros repetem a frase tal qual respiram. Amor não é verbo que se conjuga, é ação que se vive. Se você ama alguém, você não ficará repetindo isso o tempo inteiro mas demonstrará isso o tempo inteiro (na medida do possível, é claro. Já que temos os nossos momentos difíceis).
Então, por medo do “Eu te amo”, os namoros ficaram como uma segunda opção e apareceu uma moda chamada “Ficar”. Já viu coisa mais nojenta? Pessoas beijando várias bocas no mesmo dia. Beijam fumantes, alcoolizados, drogados, outros sem um efeito aparente de um agente externo, etc. Dentistas devem ficar horrorizados com o que encontram nos seus consultórios por causa disso.
Ficar virou um modo de escape de compromisso. Pessoas que não são maduras o suficiente para assumir um compromisso acham que são maduras o suficiente para desdenhar o conselho de um responsável para ir a festinhas em busca da autossatisfação. Em realidade, os adeptos do ficar são bem egocêntricos. Querem apenas satisfazer a sua vontade e pronto, a outra pessoa é um mero agente (ou objeto se preferir) para o ajudar nessa busca pessoal. E o mais interessante é que se você falar pra um deles que para a outra pessoa ele ou ela era tal qual um copo descartável que foi usado e jogado fora, você verá uma cara emburrada. Isso tudo por que eles querem respeito. Há uma frase que li num banco (que nem existe mais) há muito tempo, quando era criança e jamais esqueci. Ali dizia: “Respeite para ser respeitado”.
E quanto ao namoro? Isso fica para uma outra postagem.
[1]Sobre assunto "sexo" onde coloquei o "1" sobrescrito, leia esse artigo: Um ano sem sexo
